segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Hoje, meu bem, num intervalo entre as mamadas, dei um pulo em casa para ver a Júlia. A saudade que sinto dela é enorme, machuca pensar que ela possa estar achando que me perdeu ou que eu não vou voltar... encontrei-a animada, feliz, brincando com Arthur... ela é tão espontânea, tão moleca! Cada dia se parece mais com você...
Peguei-a no colo um pouco, mas não demorou muito até que ela quisesse descer... fui com eles até a piscina, fiquei observando-os um pouco... tanta alegria! Como é bom ser criança...
Meu coração continua com o mesmo aperto de saudade... se estou com Júlia sinto falta do nosso Bruno. Se estou com Bruno, sinto falta de Júlia... ultimamente meu coração é só saudade...
Não me demoro muito, preciso correr é hora de amamentar... no caminho, passo por lugares que eu frequentava antes de te conhecer, na minha adolescência.
Consigo sentir até os cheiros das lembranças... meu coração está inquieto como era naquela época... eu costumava sentir frio na barriga, uma constante falta...
Volto no tempo, lembro-me de me sentir vazia, incompleta... eu sentia angústia, buscava por algo sem saber o quê... estava sempre faltando. O fim da tarde vinha sempre trazendo inquietude ao meu coração... um dia eu conheci você! E todo esse vazio se preencheu... eu fui plena, completa! O fim de tarde era o melhor horário, pois você chegava e espantava qualquer medo, qualquer tristeza, qualquer angústia...
Agora estou aqui, como se tivesse voltado 12 anos no tempo... e isso é péssimo! Aquela mesma angústia dos dias iguais voltou a tomar conta de mim...
Hoje, entendo, você era o que me faltava... você é a única coisa que me falta...

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