quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Encontros, desencontros, reencontros, chegadas, partidas, despedidas, separação...
Talvez a vida se resuma a isso! A separação é inevitável! Para começar, sem ela, sequer nasceríamos...
É nascendo que inicia a nossa história com a perda, com a dor da despedida e separação, e o que se segue é uma sequência delas: para nascer, nos despedimos do conforto do útero, do calor e da proteção da barriga de nossa Mae; ainda muito pequenos nos despedimos de nossas fantasias, dentre tantas coisas, descobrimos que papai noel não existe, que coelhos não botam ovos, que os bebês não são trazidos por cegonhas; depois, nos despedimos do nosso primeiro professor, dos nossos primeiros colegas de turma, do primeiro amor... sofremos a cada separação, até que a repetição  do mesmo ritual, ano após ano, faz parecer normal, comum. Nos despedimos da infância, da ingenuidade; deixamos de acreditar que nossos pais são heróis, até o dia que nos separamos de fato deles, vamos embora, construímos outra família e voltamos a acreditar que eles são sim, heróis! Nos despedimos de nós mesmos quando vêm os filhos, nos despedimos de amigos, empregos, casas, cidades, costumes...
Em todas essas despedidas, nos separamos de algo de julgávamos, por momentos, ser impossível... ainda assim, nos prendemos ao hoje como eterno.
Embora haja  tanta separação, nunca estamos prontos para nos despedir de fato, separar-nos de quem ou o que amamos. E aí vem a pior das separações, a última: a morte. Quando nos deparamos com ela, descobrimos, do pior jeito, que a vida toda estivemos nos separando, dando adeus, indo embora para não enlouquecermos quando o adeus fosse para sempre, quando quem foi embora não pode mais voltar mesmo que não tenha querido partir, mesmo que desse tudo para voltar... entendemos que estivemos sempre treinando para dizer adeus...
A dura penas, entendemos que a separação dói, assusta, magoa, apavora, mas é necessária! Sem ela, não haveria o reencontro...
Para todas as despedidas, um reencontro. Para todo reencontro, um recomeço. Para cada recomeço, a esperança...
Esse é o alimento da minha alma. A esperança do nosso reencontro, do nosso recomeço. Vai ser lindo!

Um comentário:

  1. As suas palavras transmitem tantos sentimentos Prof, podem traduzir não só a sua dor e aprendizado, mas amoldam-se às emoções de cada leitor... A esperança nos mantêm mesmo vivos, nos faz mais forte do que achamos que poderíamos ser, e ainda quando pouquíssima, se faz suficiente para não nos deixar desistir! De alguma forma, todos os dias, o Senhor abastece cada um dos seus filhos com esperança... Acredito que esse reencontro está próximo! Beijos no seu coração <3

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