sábado, 31 de dezembro de 2016

Já passa das 3 da manhã... de repente o sono deu lugar a uma tristeza sem fim! Me permiti chorar com todo o desespero com que não fazia há dias, tomada pelo cansaço, perdida no meio de tantas caixas! Quis te ligar, quis pedir socorro como sempre fazia, quis dividir com você uma decepção, algo pequeno, mas que atravessou minha alma já tão fragilizada... foram poucas palavras, mas insensíveis o suficiente para arrancar de mim uma vontade louca de deixar esse mundo, correr para você, te encontrar. Olhei várias vezes para o seu contato gravado na minha agenda, seria tão bom ouvir sua voz nem que fosse para me dizer que eu errei,, tomei decisões erradas... me sinto tão sozinha. Sabia que seria assim... Implorei por você, por um Deus que não me responde... o silêncio continua... no meio disso tudo, ter que lidar com a intolerância, me entristece... algumas pessoas se julgam tão superiores por acreditar em Deus, que se negam a colocarem-se no lugar dos outros... estão tão ocupadas no orgulho de se dizer crentes que não se dão conta que existem sofrimentos que nos fazem duvidar se estamos realmente vivos, quem dirá questionar a existência de Deus...
Acalmar sozinha, sem ter para onde correr, para quem ligar, no meio da madrugada, não foi fácil! Pensei em ler um livro, mas a luz acordaria a Júlia... peguei então o celular e entre soluços e lágrimas, comecei a rever nossas fotos! Tão felizes! Fomos tão felizes! Nossos sorrisos se encontram, nossos olhares se cruzam, nossa sintonia é sentida mesmo pelas fotos! Revivi  nossa primeira viagem com a Júlia! Foi a melhor de todas! Que bom que a fizemos! Vi meu sorriso, meu olhar para você, seu olhar para mim... imaginei como será bom poder mostrar essas e outras fotos para Júlia e Bruno. Tenho muitas histórias para contar-lhes... histórias lindas de um amor e respeito que algumas pessoas são incapazes de compreender, entre essas pessoas, estão aquelas prontas para nos criticar por perder a fé no meio de um pesadelo, um inferno, levantam mil bandeiras, mas foram/são incapazes de dizer uma única palavra de consolo, não houve nenhum telefonema, uma mensagem sequer...
Volto a sentir-me triste, me pergunto se essas pessoas imaginam o meu sofrimento, se já foram capazes de amar verdadeiramente... repenso algumas atitudes minhas,  relembro mensagens de incentivo, apoio e compreensão que recebo de inúmeras pessoas, sonhins nem  eram tão próximas...
Eu olho para dentro de mim e busco uma resposta. Deve haver um propósito, e, sem dúvida, tem que ser por uma causa maior, por um bem maior... ainda não sei, mas aprendi que a vida é demasiadamente curta para perdermos tempo com pessoas pequenas que se acham superiores...
Volto meu olhar para nossas fotos, nossas lembranças estão recheadas de histórias do bem, de pessoas do bem. É assim que eu quero que seja a história dos nossos filhos! E assim será! Como eu e você sonhamos!
O sono ainda não voltou... vai demorar, mas eu sei que você quer que eu lute! E eu vou lutar por nós 4! Seremos sempre nos 4! Para sempre!

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